Marcus Linhares
Qual é o seu histórico com línguas e traduções?
Aos 16 anos, fiz o TOEFL IBT. Na mesma época, comecei a estudar francês. Um ano depois, prestei vestibular e ingressei no curso de bacharelado em Secretariado Executivo Trilíngue na Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Aos 18 anos, obtive meu certificado de proficiência em inglês (C2, ECPE) pela Universidade de Michigan. Nessa época, vivi por três meses em Orlando, EUA, trabalhando na Walt Disney World.
Três anos depois, aos 21, tornei-me revisor de artigos em inglês para publicação na Revista Brasileira de Zootecnia, na UFV. Lá, tive contato diário com diversas áreas correlatas, o universo da escrita acadêmica e docentes.
Também tive a oportunidade de atuar como intérprete pessoal de palestrantes no Simpósio Internacional de Gado de Corte (SIMCORTE) e participar de uma reunião anual da RBZ.
Desde 2010, tenho viajado frequentemente aos Estados Unidos, Inglaterra e França, praticando idiomas. Desde 2018, resido na Espanha.
Trabalhando com zootecnia desde 2011, já traduzi mais de 3.000 documentos da área e áreas correlatas (artigos, resumos, teses, dissertações, projetos, etc.) para o inglês.
Em 2020, concluí minha pós-graduação em tradução, visando aprimorar a técnica e a eficiência do meu trabalho.
O que é fundamental para uma boa tradução?
Primeiramente, a qualidade da redação do texto em português. Se o texto estiver bem escrito, essa qualidade será transferida à versão traduzida. Como um tradutor geralmente não possui o conhecimento da área em um nível equivalente ao do cliente, uma redação clara e fluida resulta em um documento traduzido fiel ao original, sem perdas — algo comum no processo de tradução.
Em seguida, obviamente, a proficiência do tradutor nos idiomas de partida e chegada, assim como seu vocabulário e familiaridade com o assunto traduzido.
Por fim, o uso de tecnologias ajuda a reduzir ainda mais a possibilidade de erros.
Revisar a tradução é tão importante quanto fazê-la. A revisão deve ser minuciosa, pois erros humanos são uma realidade, e até mesmo o software utilizado pode não identificar um erro de grafia. Durante a revisão, verifico termos técnicos ou expressões desconhecidas por meio de técnicas de pesquisa, utilizando como referência o uso desses termos em periódicos renomados que publicam em inglês.
O bom tradutor é detalhista, ambicioso em seu aprendizado e não ter preguiça de pesquisar e se atualizar.
O principal: entender que sempre há espaço para crescimento e aprimoramento :)